29 fevereiro, 2008
28 fevereiro, 2008
You are no gentleman
Anteontem pus os ténis a arejar no parapeito na janela quando os descalcei. Não, claro que não cheiravam mal, eu só os ponho à janela para evitar um dia venham a cheirar. Pu-los à janela apesar da ventania que quase ameaçava atirar Berlim inteira para fora da Europa. E como quem brinca com o fogo queima-se, um ténis foi parar ao quintal do prédio. Belo serviço, sim senhora: há mais de um ano que aqui vivo e ainda não sei como hei-de ir lá dar. Fui então tocar ao vizinho do rés-do-chão para lhe pedir ajuda. Apareceu à porta um fulano inglês, alto e espadaúdo, quarentão. Acreditem se quiserem: nem se ofereceu para pular pela janela e me ajudar a encontrar o ténis. Pior ainda, enquanto eu saltei pela janela e fui à procura do ténis por entre os arbustos, a peça foi-se sentar a comer em frente à TV em vez de me ajudar. Depois de encontrar o ténis voltei a entrar em casa dele pela janela e, vá lá, teve a decência de me acompanhar até porta. Thank you very much, have a nice evening. Mas apetecia-me ter-lhe dito algo diferente: aposto que, se fosses português, não só ias lá buscar o ténis como também mo calçavas.
22 fevereiro, 2008
20 fevereiro, 2008
Call me Fonda, Jane Fonda
Enquanto fôr inverno lá fora e eu não me decidir a entrar num ginásio, vai ser assim. É tirar os saltos ao chegar a casa, enfiar o maillot que não tenho, pôr Daft Punk ou coisa parecida a pulsar no mp3, e here I go. Solta-se um passinho de lança, fazem-se uns exercícios localizados e uns abdominais a rematar.
Hoje, foi a preparação perfeita para o Ferrero Rocher que comi a seguir ao jantar. Soube-me que nem ginjas.
19 fevereiro, 2008
16 fevereiro, 2008
Oh tempo, volta p'ra trás...
Se uma semana em Berlim dá para pouca coisa, em Lisboa não dá para nada.
14 fevereiro, 2008
12 fevereiro, 2008
11 fevereiro, 2008
09 fevereiro, 2008
08 fevereiro, 2008
À página 480
07 fevereiro, 2008
05 fevereiro, 2008
03 fevereiro, 2008
É impossível levá-lo a sério
Ontem ouvi as habituais declarações do Paulo Bento aos jornalistas. Com a ambiguidade que o caracteriza, dizia que não está cansado dos adeptos do Sporting, mas sim de algumas "situações". Deu-me a entender que tudo o que disse lhe veio do coração. Até é capaz de ter contido lá uma lágrimazinha ou outra. Chamem-me insensível ou desrespeitadora dos sentimentos de um verdadeiro leão, mas a verdade é que é houve lá alturas em que não contive o riso. Desde o dia em que vi o RAP a imitá-lo, levá-lo a sério deixou de ser possível.
02 fevereiro, 2008
Vamos lá ter calminha
Sejamos justos, ir ao supermercado em Berlim não é muito diferente de ir ao supermercado em Lisboa. Mas se há coisa à qual não há maneira de me habituar é ao stress que fervilha na zona das caixas.
Primeiro, ao esperar na fila, o cliente tem a obrigação de bufar a cada 15 segundos, de encostar o carro das compras ao rabo do cliente que está à sua frente, bem como de controlar pelo relógio o tempo que cada cliente demora a abrir a carteira.
Depois de colocadas as compras no tapete, é uma questão de segundos até estarem amontoadas lá ao fundo e os clientes que estão atrás de nós começarem, por sua vez, a bufar, a entalarem-se uns aos outros na fila, e a vigiarem os relógios.
Qualquer dia ainda deixo de pagar com cartão: o meu nome Portugiesisch é tão comprido para eles que chego a correr risco de vida ao rabiscá-lo no talão.
01 fevereiro, 2008
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